sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Oii!!!

Depois de muito tempo, venho trazer um conto LINDÍSSIMO do Oscar Wilde. Vale MUITO a pena ler. É MARAVILHOSO, literatura de ÓTIMA qualidade.


O Príncipe feliz - Oscar Wilde

Muito acima da cidade, sobre uma alta coluna, erguia-se a estátua do Príncipe Feliz. Era toda revestida de finas folhas de ouro e tinha por olhos duas brilhantes safiras e no punho da sua espada cintilava um enorme rubi. A estátua era de todos muito admirada, e com razão.

— É bela como um cata-vento — observou um dos conselheiros da cidade, que pretendia passar por homem de bom gosto artístico; — só não é tão útil — acrescentou logo, com receio de que o tomassem por homem pouco prático, o que de fato não era.

— Por que não és como o Príncipe Feliz — perguntou um dia uma mãe sensível ao filho que lhe pedia a lua, chorando. — O Príncipe Feliz nunca se lembra de chorar por coisa nenhuma.

— Ainda bem que há no mundo quem seja inteiramente feliz — murmurou um desiludido, ao contemplar a admirável estátua.

— Parece realmente um anjo — diziam os meninos do orfanato, ao saírem da catedral com as capas de vivo escarlate e os aventais muito brancos.

— Como o sabeis? — observou o professor de matemática. — Nunca vistes nenhum.

— Ah! temo-los visto em sonhos — responderam as crianças; e o professor franziu o sobrolho e tomou um ar severo, porque não aprovava que as crianças sonhassem.

Uma noite, voou por cima da cidade uma andorinha. As suas amigas tinham partido para o Egito havia seis semanas; ela, porém, se atrasara, enamorada como estava de um junco muito gracioso. Conhecera-o nos princípios da primavera, no momento em que descia o rio perseguindo uma grande borboleta amarela, e por tal forma a atraíra a cintura esbelta do junco, que se detivera para falar com ele.

— Queres que te ame? — perguntara a andorinha, que não gostava de perder tempo com rodeios,

E o junco fizera-lhe uma profunda vênia. Voara, então, repetidas vezes à roda dele, roçando a água com as pontas das asas e produzindo mil ondulações de prata. Era este o seu modo de lhe fazer a corte, e prolongou-a por todo o verão.

— Que afeição mais ridícula! — chilreavam as outras andorinhas. — Ele não tem dinheiro e tem muitos parentes.

E, na realidade, o rio estava cheio de juncos.

Quando o outono chegou, todas as andorinhas se foram embora. Depois que partiram, começou ela a sentir-se muito só e a enfastiar-se do seu amado.

— O junco não diz uma palavra — observou ela — e receio que seja um pouco leviano, porque está sempre a flertar com a brisa.

E, de fato, sempre que a brisa soprava, o junco fazia-lhe as mais graciosas cortesias.

— Além do mais, ele é muito caseiro — continuou enquanto eu adoro as viagens, e o meu esposo deve, por conseqüência, gostar de viajar também.

— Queres vir comigo? — perguntou-lhe, por fim.

Mas o junco abanou a cabeça; era por demais apegado ao seu lar para poder segui-la.

— Tens andado a brincar comigo — disse ela. — Vou partir para as pirâmides. Adeus!

E começou a voar. Voou o dia inteiro e à noite chegou à cidade.

— Onde vou instalar-me? — disse. — A cidade deve estar preparada para me receber.

E viu então a estátua do Príncipe Feliz sobre a alta coluna.

— Vou-me instalar ali — murmurou. — Esplêndido lugar e muito ar fresco.

E foi pousar entre os pés do Príncipe Feliz.

— Tenho um quarto de dormir dourado — disse baixinho de si para consigo, enquanto olhava em redor e se preparava para dormir. Mas, no momento preciso em que ia a cabecinha debaixo da asa, caiu-lhe em cima uma grande gota de água.

— É extraordinário! — exclamou — Não há uma só nuvem no céu, as estrelas cintilam, e, não obstante, está chovendo! O clima do norte da Europa é realmente horrível. O junco gostava de chuva, mas era apenas por egoísmo.

Então, caiu uma nova gota.

— Para que serve uma estátua — disse — se não é capaz de proteger-me da chuva? Tenho de procurar uma boa chaminé.

E já ia levantar vôo. Mas, antes de abrir as asas, uma terceira gota caiu. Levantou os olhos e viu... Ah! que viu ela? Os olhos do Príncipe Feliz estavam rasos de lágrimas, e lágrimas lhe banhavam as faces de ouro. Tão belo era o seu rosto, batido pelo luar, que a andorinha se sentiu cheia de compaixão.

— Quem és tu? — perguntou-lhe.

— Sou o Príncipe Feliz.

— Por que choras, então? — perguntou a andorinha. — Encharcaste-me por completo.

— Quando eu era vivo e tinha um coração humano respondeu a estátua — não sabia o que eram lágrimas, pois vivia no Palácio de Sans-Souci, onde é vedado o ingresso à dor. De dia brincava com os meus companheiros no jardim, e à noite dirigia a dança no grande salão de baile. Em roda do jardim corria um muro muito alto, mas nunca me lembrei de perguntar o que se passava além dele. Tudo à volta de mim era belo. Os meus cortesãos chamavam-me o Príncipe Feliz, e eu era feliz, de fato, se o prazer é felicidade. Assim vivi e assim morri. E agora, depois de morto, colocaram-me nesta coluna, tão alto que posso ver toda a fealdade e miséria da minha cidade; e, embora o meu coração seja de bronze, não posso deixar de chorar.

"O quê! Ele não é de ouro maciço?", disse consigo mesma a andorinha, que era suficientemente educada para não fazer observações pessoais em voz alta.

— Lá longe — continuou a estátua numa voz baixa e musical — numa pequena rua, há uma casa pobre. Uma janela está aberta, e por ela vejo uma mulher sentada à mesa; tem a face magra e cansada, e as mãos vermelhas e feridas da agulha, pois é costureira. Está bordando flores de martírio num vestido de cetim que a mais bela dama de honor da rainha há de vestir no próximo baile da corte. Num leito, a um canto do quarto, está o seu filho doente; tem febre e pede laranjas. Mas ela nada tem para lhe dar além de água do rio, e por isso ele chora. Andorinha, andorinha, querida andorinha, queres levar-lhe o rubi do punho da minha espada? Os meus pés estão soldados a este pedestal e não posso mover-me.

— Esperam-me no Egito — respondeu a andorinha. — As minhas amigas andam a voar pelo Nilo e a conversar com as grandes flores de loto; em breve irão acolher-se no túmulo do grande rei. O próprio rei está lá ainda no seu caixão colorido, envolto em linho amarelo e embalsamado em especiarias. Ao pescoço tem um colar de jade verde-pálido e suas mãos são como folhas secas.

— Andorinha, andorinha, querida andorinha — disse o Príncipe. — Não queres permanecer comigo uma só noite e ser a minha mensageira? O pequenino arde em sede, e a mãe está tão triste!

— Eu não simpatizo com os rapazes — replicou a andorinha. — No verão passado, quando eu voava pelo rio, havia dois rapazes malcriados, os filhos do moleiro, que estavam sempre a atirar-me pedras. É claro que nunca me acertaram, porque nós, as andorinhas, voamos muito bem; ademais, eu descendo de uma família famosa pela sua agilidade; contudo, era uma falta de respeito.

Mas o Príncipe ficou tão triste que a andorinha teve pena.

— Aqui está muito frio — disse ela. — No entanto, permanecerei contigo uma noite, e serei a tua mensageira.

— Muito obrigado, querida andorinha — disse o Príncipe.

A andorinha arrancou então da espada do príncipe o grande rubi, levando-o no bico por cima dos telhados da cidade. Passou junto da torre da catedral, onde estavam esculpidos anjos de mármore branco. Passou pelo palácio e ouviu os sons de uma dança. Uma linda jovem saiu para a sacada com o namorado.

— Como são belas as estrelas — disse-lhe ele — e quão forte é o poder do amor!

— Espero que o meu vestido esteja pronto para o baile de gala — respondeu ela. — Mandei bordá-lo de martírios; mas a costureira é tão preguiçosa!

Atravessou o rio, e viu as lanternas que pendiam dos mastros dos navios. Passou sobre o Gueto e viu os velhos judeus negociando entre si e pesando moedas em balanças de cobre. Por fim chegou à casa pobre e espreitou. O pequeno agitava-se febrilmente no leito, e a mãe tinha adormecido de fadiga. Entrou e colocou o grande rubi sobre a mesa, ao lado do dedal. Depois voou docemente em volta da cama do pequenino, refrescando-lhe a fronte com as asas.

— Como me sinto refrescado! — disse o pequeno. Devo estar muito melhor.

E caiu num sono delicioso.

A andorinha voltou para o Príncipe Feliz e contou-lhe o que tinha feito.

— É curioso! — observou ela. — Agora sinto calor, apesar de estar tão frio.

— É porque praticaste uma boa ação — respondeu o Príncipe.

E a andorinha começou a pensar e adormeceu. Pensar fazia-a sempre dormir. Mal rompeu o dia, voou para o rio e tomou um banho.

Que fenômeno mais raro! disse o professor de ornitologia, que passava na ponte. Uma andorinha no inverno!

E escreveu uma longa carta para a gazeta local, sobre o assunto. Toda a gente a citava porque estava cheia de palavras, mas ninguém a compreendia.

— Esta noite parto para o Egito disse a andorinha, muito alegre com essa perspectiva.

Visitou todos os monumentos públicos e ficou muito tempo pousada no cimo do campanário da igreja. Por onde quer que passava, chilreavam os pardais uns para os outros:

— Que estrangeira tão distinta!

E isso dava-lhe muito prazer.

Quando a lua nasceu, voltou para junto do Príncipe Feliz.

— Tens algum recado para o Egito? — perguntou. Vou partir agora mesmo.

— Andorinha, andorinha, querida andorinha — disse o Príncipe. Não queres passar mais uma noite comigo?

— Esperam-me no Egito — respondeu a andorinha. Amanhã as minhas amigas voarão para a Segunda Catarata É ali que o hipopótamo se deita entre os juncais, e o deus Memnon se senta num grande trono de granito. Toda a noite contempla os astros e, quando desponta a estrela da manhã, solta um grito de alegria e emudece de novo. Ao meio-dia leões fulvos descem à margem do rio para beber, Seus olhos são verdes como os berilos e seu rugido é mais forte que o rugido das cataratas.

— Andorinha, andorinha, querida andorinha — disse o Príncipe. — Longe, muito longe, vejo um jovem numa água-furtada. Está debruçado sobre uma mesa cheia de papéis, e num copo, a seu lado, há um ramo de violetas murchas. Tem o cabelo castanho e ondulado, uns lábios tão vermelhos como a romã e uns olhos grandes e sonhadores. Tenta acabar uma peça para o diretor do teatro, mas está muito frio para escrever mais. Não há lenha no fogão e ele já vai desfalecer de fome.

— Ficarei contigo mais uma noite — disse a andorinha, que tinha realmente um bom coração. Queres que lhe leve outro rubi?

— Ai! Já não tenho mais rubis — disse o Príncipe Feliz. — Só me restam os meus olhos. São duas raras safiras há mil anos trazidas da índia. Arranca-me um deles e leva-o. Ele o venderá a um joalheiro, comprará comida e lenha e acabará a sua peça.

— Querido Príncipe — disse a andorinha — não posso fazer semelhante coisa. E pôs-se a chorar.

— Andorinha, andorinha, querida andorinha — disse o Príncipe — fazes o que te mando.

Então a andorinha arrancou um dos olhos do Príncipe e voou em direção à água-furtada onde vivia o estudante. Era muito fácil entrar lá por um buraco do telhado. Entrou por ele e penetrou no quarto. O jovem tinha a cabeça enterrada nas mãos e não ouviu o sussurro das asas da ave.

Quando ergueu os olhos, encontrou a formosa safira sobre as violetas murchas.

— Começo a ser apreciado — exclamou — Isto deve vir de algum grande admirador. Agora já posso acabar a minha peça.

E sentiu-se muito feliz.

No dia seguinte a andorinha voou para o porto. Pousou no mastro dum grande navio, e viu os marinheiros tirarem grandes arcas do porão por meio de cordas. "Upa-iça!", gritavam eles, a cada arca que subia.

— Vou para o Egito — disse a andorinha.

Mas ninguém lhe prestou atenção, e, quando a lua nasceu, voltou para junto do Príncipe Feliz.

— Andorinha, andorinha, querida andorinha — disse ele não queres ficar mais uma noite comigo?

— É inverno — retorquiu ela — e a fria neve em breve chegará aqui. No Egito o sol brilha quente sobre as palmeiras verdes e os crocodilos estendem-se no lodo, olhando em roda, preguiçosamente. As minhas companheiras já estão fazendo seus ninhos no Templo de Baalbek e as pombas brancas e cor-de-rosa seguem-nas com a vista e arrulham entre si. Tenho que deixar-te, querido Príncipe, mas nunca te esquecerei. Na próxima primavera hei de trazer-te duas lindas jóias em lugar daquelas de que te desfizeste. O rubi será mais rubro que uma rosa vermelha e a safira será azul como o mar imenso.

— Lá embaixo, na praça — disse o Príncipe Feliz está uma pobre menina que vende fósforos. Deixou cair os fósforos na valeta, e estragaram-se; o pai bater-lhe-á se não lhe levar para casa algum dinheiro, e por isso ela chora, a coitadinha. Não tem sapatos nem meias. Arranca-me o outro olho e leva-lho, e o pai não lhe baterá.

Ficarei contigo mais uma noite — disse a andorinha mas não posso arrancar-te o outro olho. Ficarias completamente cego.

— Andorinha, andorinha, querida andorinha, fazei o que te mando — disse o Príncipe.

A andorinha arrancou-lhe então o outro olho e partiu com ele. Ao passar junto da mocinha, deixou-lhe cair a jóia na palma da mão.

— Que bonito pedaço de cristal! — exclamou ela, e correu para casa, muito contente.

A andorinha voltou para junto do Príncipe.

— Agora estás cego — disse ela — e ficarei sempre contigo.

— Não, querida andorinha — respondeu ele — tens de partir para o Egito.

— Ficarei sempre contigo — disse a andorinha; e adormeceu aos pés do Príncipe Feliz.

Todo o dia seguinte esteve pousada no ombro do Príncipe e contou-lhe histórias que tinha visto em terras estranhas. Falou-lhe dos íbis vermelhos que param em longas fileiras pelas margens do Nilo e apanham com o bico peixes encarnados; da Esfinge que é tão velha como o mundo, vive solitária no deserto e tudo sabe; dos mercadores que caminham vagarosamente ao lado dos seus camelos e trazem contas de âmbar; falou-lhe do Rei das Montanhas da Iam, que é preto como o ébano e adora um enorme cristal da grande serpente verde, que dorme numa palmeira e que vinte sacerdotes alimentam com bolos de mel, e dos pigmeus, que navegam num grande lago, embarcados em largas folhas e andam sempre com as borboletas.

— Contas-me coisas singulares, querida andorinha! disse o Príncipe Feliz. — Mas ainda mais singular que tudo é o sofrimento dos homens e das mulheres. Não há mistério algum tão grande como a Miséria, Voa sobre a minha cidade, andorinha, e dizei-me o que lá vês.

Então, a andorinha sobrevoou a grande cidade e viu os ricos a divertirem-se nas suas moradias suntuosas, e os pobres sentados nos portões. Voou até ruelas escuras e viu as faces pálidas de crianças que morriam de fome, olhando distraídas para as ruas sombrias. Debaixo do arco de uma ponte estavam deitados dois rapazinhos, abraçados um ao outro para se aquecerem.

— Temos tanta fome! — diziam eles.

— Não podem ficar aqui! — falou-lhes o guarda; e eles saíram para a chuva.

A andorinha voltou para o Príncipe e disse-lhe o que vira.

— Eu estou coberto de fino ouro — disse ele. — Tens de tirá-lo folha a folha e dá-lo aos meus pobres. Os vivos cuidam sempre que o ouro pode fazê-los felizes.

Folha após folha de fino ouro arrancou a andorinha, até que o Príncipe ficou todo feio e negro. Folha após folha de fino ouro levou aos pobres, e as faces das criancinhas ganhavam cor, e elas riam e brincavam nas ruas.

— Agora temos pão — diziam elas.

Por fim, chegou a neve, e depois da neve o gelo. As ruas estavam tão brancas e brilhantes que se diriam feitas de prata. Compridos pingentes como adagas de cristal pendiam dos beirais dos telhados; toda a gente se vestia de peles, e os meninos, com os seus barretes escarlates, patinavam no gelo. A pobre andorinha tinha cada vez mais frio, mas não queria abandonar o Príncipe que tanto amava. Apanhava migalhas à porta do padeiro quando ele não via, e procurava aquecer-se batendo as asas.

Por fim, percebeu que ia morrer. Mal teve forças para voar mais uma vez para os ombros do Príncipe.

— Adeus, querido Príncipe — disse baixinho. — Deixas-me beijar a tua mão?

— Estou contente por partires, finalmente, para o Egito — disse o Príncipe, — Estiveste aqui muito tempo; mas é nos lábios que deves beijar-me, porque te amo muito.

— Não é para o Egito que eu vou — respondeu a andorinha. — Vou para a Mansão da Morte. A Morte é irmã do Sono, não é verdade?

E, dizendo isto, beijou o Príncipe nos lábios e caiu morta a seus pés.

No mesmo instante, um estranho estalido soou dentro da estátua, como se alguma coisa se tivesse quebrado. E, realmente, o coração de bronze tinha-se partido em dois. Estava fazendo, sem dúvida, um frio muito intenso.

Na manhã seguinte, o prefeito da cidade, em companhia dos conselheiros, passeava na praça. Ao passar pela coluna, olhou para a estátua e exclamou:

— Santo Deus! Que miserável aspecto tem o Príncipe — Que miserável aspecto, na verdade — exclamaram os conselheiros, que eram sempre da opinião do prefeito. E subiram a ver a estátua.

— Caiu-lhe o rubi da espada; perdeu os olhos, e todo o ouro desapareceu — exclamou o prefeito. — Realmente, é pouco mais do que um mendigo.

— Pouco mais do que um mendigo — repetiram os conselheiros.

— E até com um pássaro morto aos pés! — continuou o prefeito. — Temos de publicar um decreto proibindo às aves viver e morrer aqui.

E o secretário tomou nota da sugestão. E apearam então a estátua do Príncipe Feliz.

— Como já não é belo, já não é útil — disse o professor de arte da universidade.

Então fundiram a estátua num forno e o prefeito convocou uma assembléia da corporação para decidir o que havia de ser feito com o metal,

— Temos de fazer outra estátua, evidentemente disse ele — e será a minha.

— A minha — disseram todos os conselheiros, e discutiram.

Da última vez que ouvi falar deles, discutiam ainda.

— Que coisa mais estranha! — disse o capataz da fundição, — Este coração de bronze não se derrete no forno. Temos que jogá-lo fora.

E atiraram-no para um montão de lixo onde se encontrava também a andorinha morta.

Traze-me as duas coisas mais preciosas que houver na cidade — disse Deus a um dos seus anjos; e o anjo levou lhe o coração de bronze e a andorinha morta.

Escolheste bem — disse Deus. — No meu jardim do paraíso esta avezinha cantará eternamente e na minha cidade de ouro o Príncipe Feliz há de bendizer-me para sempre.


Em breve pretendo postar minhas últimas criações. Tenho bastante coisinhas pra colocar aqui.

Mil beijos.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Caixa de Fitas

Hello!!

Quero mostrar a caixa de fitas que fiz reciclando uma caixa de sapatos.
Fiz a caixa no começo do ano, as fotos já estavam aqui no computador fazia tempo também, mas só agora consegui tirar um tempinho pra compartilhar.






ENCOMENDAS:
*Recadinhos no blog
*E-mail: dileluatelie@gmail.com
*Orkut: Dil e Lú Ateliê

Espero que gostem!
Beijos, Dil.

Novas estampas para roupa de cama

Oi de novo!!
Abaixo as novas estampas que chegaram para a confecção de roupas de cama.
Confeccionamos lençóis, sob lençóis, capas de edredom e cobertor, fronhas, kits berços. Confeccionamos para todos os tamanhos de colchões e edredons.






ENCOMENDAS:
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*Orkut: Dil e Lú Ateliê

Beeeijos, espero que gostem!

Páginas 30,5 x 30,5

Olááá!!!
Passando para deixar registrado alguns projetos que tenho feito!


Amigas de muitos anos, parceiras de faculdade! Amo vocês!




Amei essa página! Foi feita para um desafio do DSMemories. Com o tema do Pequeno Príncipe, achei perfeita para uma foto com a Lú que, assim como eu, ama esse livro. E eu amo você, Lú!


Beijinhos, e até mais!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Caderno de Receitas

Caderno decorado com tecidos 100% algodão, papeis para scrapbook, entre outras fofurices! Este foi encomenda da Ana, para presentear uma amiga em seu chá de panela.


Capa e contra capa impermeabilizadas. Fitinha marca-páginas


Espaço para uma foto 10x15 e divisórias para receitas de doces e salgados.


Envolepe para guardar receitas até serem passadas a limpo: aquelas que ganhamos ou que recortamos que embalagens. :) E uma tag que pode ser usada como marca-páginas também!

Faça seu orçamento ou sua encomenda através dos seguitnes contatos:
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Mil Beijos, Dil.

sábado, 15 de agosto de 2009

Hello!!!!

Depois de muito tempo, estou de volta!
A correria do dia-a-dia não está facil, mas não consigo sobreviver por muito tempo longe do scrap!

E falando nisso, estou passando para divulgar o sorteio de um kit para scrap que está rolando no blog da Renata Moni, passem lá para conferir!

Comunico também que, voltei a aceitar encomendas. Logo, logo eu volto para postar as novidades!


Beijinhos.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Como o prometido! Aqui está o passo a passo que me fez ganhar o Desafio Especial de Dia das Mães da Sorelinha: Qualquer dúvida, deixem um recadinho pergunta que eu respondo! Espero que gostem!

Caixa-álbum

Materiais necessários:
- Uma caixa em mdf
- Duas cores de tecido 100% algodão
- Cola Cascorez Extra
- Tesoura
- Papel color plus
- Papéis para scrapbook
- Fitas, sianinhas, passamanarias
- Botões
- Régua
- Lápis
- Carimbeira
- Fotos
- Prima Flower
- Adesivos 3D
- Ilhós
















Prontinha! A caixa está pronta!! Abaixo ela fechada!

E, ao abrir, a surpresa!

Aproveitemmm!!
Mil beijos!!!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Estou tão, tão feliz, que nem consigo acreditar!!!!

O meu passo a passo foi o vencedor do Desafio Especial de Dia das Mães, proporcionado pela Carol, da Sorelinha. Abaixo parte do post da Carol e o resultado da votação:

Recebemos 98 votações e com 57% dos votos, quem venceu o desafio de PAP´S Especial de Mães foi a Dil com o passo a passo de uma caixa-álbum! Por Sorelinha

Como falei pra Carol, a alegria foi em dose dupla: pelo prêmio maravilhoso (R$100,00 em vale compras na loja Sorelinha) já que todos os produtos são uma lindeza, e também por terem gostado da caixa-álbum.

Agraço pelo carinho de todos que votaram e quero dar os parabéns a todas as meninas que participaram do desafio!!! Todos os PAPs ficaram lindos. Vale a pena conferir!

Depois eu volto pra postar o PAP da caixa-álbum.

Vou lá correndo escolher os produtos! Yuupiiii!
Beeeijos

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Oi genteee!!!

Estive um tempinho sumida, desculpem. Mas estava fazendo muitos scraps por aqui, por isso. Falando nisso, fiz o passo a passo de uma caixa-álbum para participar de um desafio de Dia das Mães, da Sorelinha.

A caixa-álbum ficou assim:

Caixa fechada.

Ao abrir a caixa, a surpresa!! Uma sanfona com fotos e poesia! E claro, muito scrap!


O tema dessa caixa-álbum foi para o Dia das Mães, mas você pode usar qualquer tema: Dia dos Namorados, Dia dos Pais, Maternidade, Amizade... enfim... as possibilidades são infinitas! No meu perfil do orkut, tem mais ideias.

Pra quem quiser aprender a fazer essa caixa-álbum, visite o site da Sorelinha, lá tem o passo a passo. E não deixe de votar no passo a passo que você mais gostar! Se você gostou desse, então vote na opção 0002!


Espero que gostem!!!
Muitos beijos.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor

A Conferência geral da UNESCO, reunida em Paris, considerando que o livro foi historicamente o instrumento mais potente de difusão dos conhecimentos, que todas as iniciativas para promover a difusão do livro são um fator de enriquecimento cultural, que uma das formas mais eficazes de promoção do livro é organizar todos os anos "O dia do livro", e constatando que esta fórmula ainda não fora adotada a nível internacional, em 15 de Novembro de 1995 proclamou o dia 23 de Abril "Dia mundial do livro e dos direitos de autor".

Texto elaborado por Pep Camps, da Unidade de Comunidades Catalãs do Exterior, da Generalitat de Catalunya. Março de 2003. Fonte: dados históricos extraídos do postal de boas festas de 1978 editado pela Fundação Jaime I. Fonte.

"Um país se faz com homens e livros."
Monteiro Lobato
E no Dia Mundial do Livro, nada melhor do que escrever algo sobre um escritor que eu gosto muito: Lonteiro Lobato. Adoro sei jeito de escrever e descrever as coisas. Um exemplo disso, é o trecho abaixo, tirado do livro Memmórias da Emília.

"As palavras da nossa língua servem para indicar várias coisas diferentes, de modo que saem os maiores embrulhos [...].

– Desaforo é fazer certos elogios a uma pessoa. Vou dar um exemplo. Temos por aqui um animal chamado cachorro ou cão, bicho de muito bons sentimentos, o mais amigo do homem. É tão dedicado e amoroso, que o consideram o símbolo da fidelidade. É o cão que guarda os quintais conta os homens ladrões. É o cão que descobre a caça no mato. É o cão que puxa os trenós nas regiões só de gelo. É no cão que o homem faz exeperiências de laboratório. O cão é um colosso. Pois bem. Quando um homem compara outro homem ao cão, dizendo 'Tu és um cão', o outro puxa faca. Desaforo é isso... [...].

– E vice-versa – continuou Emília. Há por aqui animais que são malvadíssimos, umas verdadeiras pestes, como a tal cobra que tem veneno nos dentes e o tal tigre que é estúpido e crudelíssimo. Todos os homens têm tamanho ódio às cobras e aos tigres que não podem ver um só sem o destruir imediatamente. Mas se num verso um poeta compara uma mulher a uma cobra, dizendo, por exemplo, que ela tem movimentos de serpente (serpente é o mesmo que cobra), a ‘elogiada' rebola-se de gosto. E se um homem compara outro a um tigre, este outro sorri. Existiu na França um celebre Clemenceau que foi apelidado o Tigre. Pensa que ele puxou faca? Nada disso. Babava-se todo, quando o tratavam de Tigre. Mas fosse alguém tratá-lo de cão ou vaca!... Ah, vinha tiro na certa..."

Nesse trecho é possível ter uma idéia da riqueza que é ler Memórias da Emília. O livro é constituído de grandes filosofias como esta. A todo momento ele nos provoca a refletir, ele nos remete a outros países e traz outros povos para dentro da história, para dentro do Sítio do Picapau Amarelo, mas sempre supervalorizando o Brasil.


Fica então a dica de leitura! Espero que gostem.
E já que estamos falando de Monteiro Lobato, vou esvrever aqui um pouquinho da Biografia dele, também retirada do livro Memórias da Emília.

José Renato Monteiro Lobato nasceu em 18 de abril de 1882 em Taubaté, São Paulo. Filho de Marcondes Lobato e Olímpia Augusta Monteiro Lobato. Mais tarde, Lobato, por conta própria, modifica seu nome para José Bento Monteiro Lobato, desejando usar uma bengala de seu pai gravada com as iniciais J.B.M.L.

Monteiro Lobato, Através de Emília diz tudo o que pensa; na figura do Visconde de Sabugosa, critica os sábios que só acreditam nos livros já escritos. Dona Benta é o adulto que aceita a aprende com a imaginação criadora das crianças, admitindo as novidades que vão modificando o mundo. Tia Nastácia é o adulto sem cultura que vê no desconhecido o mal e o pecado. Narizinho e Pedrinho são o eterno espírito infantil, abertos a tudo, desejando ser felizes, confrontando suas experiências com o que os mais velhos dizem e nunca deixando de acreditar no futuro.

Vale a pena ler os livros de Monteiro. Ainda não li todos, mas já estou planejando qual será o próximo!
Por hoje é isso!
Beijos a todos!


sexta-feira, 17 de abril de 2009

Selinho Especial

Olha que mimo!!
Acabamos de ganhar mais um selinho da Carol! É uma fofa né?

Muito obrigada sua querida! E o meu carinho por você também é vip!



Visitem:
Blog da Carol: Sorelinha - Arte em Papel
Loja da Carol: Sorelinha - Arte em Papel

Inté!
Beijos

Mini-álbum com rolinhos de papel higiênico

Olha só que dica legal que eu encontrei no blog do DSM: Mini-álbum com rolinhos de papel higiênico! Adoro fazer coisas que seja possível reaproveitar, reciclar, afinal é preciso pensar no meio ambiente, não é? É muito importante cada um fazer a sua parte! Gosto de tomar cuidado com isso, porque no mundo do scrapbook a gente vive comprando, e comprando, afinal as coisas são lindas... então, sempre que possível, reutilizar é uma boa idéia!

Aqui algumas fotos tiradas da galeria do fórum do DSM - lá vocês podem encontrar mais fotos. Quem fez essas coisas lindas foi a Rosangela Leme.


Pra quem quiser aprender a fazer, tem um vídeo aqui:
Espero que gostem da dica! Pq eu ADOREI!!! Vou começar a guardar os rolinhos aqui pra fazer o meu!!! ^^

Beeeijos!

Selinho

Passando pra postar o selinho que ganhei da Carol - Sorelinha. O meu primeirinho, que emoção! hehe. A Carol é uma pessoa muito querida, MUITO mesmo. Super simpática, um amor de pessoa que, graças a Deus, tive o prazer imenso de conhecê-la pessoalmente. 'Brigada, Carol, pelo carinho e pela lembrança.

Aqui o selinho super fofo!

Infelizmente AINDA não tenho amigas blogueiras pra repassar o selinho. A única que tenho, foi a que me passou. rsrs.

E logo, logo, postarei a caixa de fitas q fiz pra organizar meu cantinho. Vou postar fotos e explicações pra quem quiser fazer tb. Não vai chegar a ser um PAAAAP, mas vai dar pra entender! ^^

Beijão e obrigada pela visita.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Lembrancinhas de Páscoa

Gente... esse post eu já tinha colocado no dia 12/04 mas deu uns problemas aqui com o blogger e não abria as fotos, por isso estou postanto ele novamente!


Depois de um tempãããão querendo fazer o blog, cá estou eu. Bem em dia de Páscoa resolvi aparecer! hehe. Tenho MUITA coisa pra colocar aqui, mas vou com calma! Vou começar pelas lembrancinhas de Páscoa que fiz! Algo bem simples, mas bem fofinho que fiz para algumas pessoas especiais!


Pacotinhos com ovinhos e cartões!


Aqui, os mini-cartões que fiz em cima dos chocolates crocantes (torrões de amendoim cobertos com chocolate). Para os cartões eu imprimi uma imagem encontrada na internet (faz tempo que eu tenho ela aqui no meu computador, por isso não sei a fonte :/), juntamente com a expressão "Feliz Páscoa" (editei no word). Recortei as imagens, passei carimbeira preta nas bordas, colei uma fita de bolinhas em cima e colei tudo no papel color plus laranja. Imprimi também as palavras De: e Para: em papel color plus verde e colei atrás. Apliquei um ilhós 3/16 no centro superior e coloquei fitas de cetim.



Aqui os pacotinhos prontos. Dentro coloquei papel seda laranja cortado em tiras e os ovinhos. Amarrei o cartão também com fita de cetim. Esses foram os femininos!


Aqui os pacotinhos masculinos. Fiz o mesmo procedimento para os cartões e para os pacotinhos. Só mudei a imagem (que também foi tirada da internet e eu não tenho a fonte porque faz tempo que tenho ela aqui).



Por hoje é isso! Espero que gostem!
Mil beijos.